Maria Escolástica da Gama Lobo

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Maria Henriqueta Lobo

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Martim Gomes Lobo1

Citações

  1. Felgueiras Gaio Nobiliario de Famílias de Portugal, n.pub., n.p., fonte deconhecida edition (fonte deconhecida publish date).
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Otília Maria Lobo

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Laura Maria Hintze Almeida Gil Lobão

n: 1 Julho 1964
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João Baptista Locatelli

Familia:

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Vicência do Carmo Locatelli

f: 29 Outubro 1871

Familia: Brig. Reinaldo Oudinot n: 7 Out 1744, f: 17 Fev 1807

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Jan Enid London

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Mem Pires de Longos1

n: cerca de 1120

Citações

  1. Felgueiras Gaio Nobiliário das Familias de Portugal, Carvalhos de Basto, Braga, (1989) "vol. I-pg. 230 (Alcoforados), vol. III-pg. 87 (Briteiros) e vol. VI-pg. 10 (Guedes)."
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Domingos Lopes da Rosa

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Dr. José Lopes Vieira da Fonseca

n: 1 Outubro 1813, f: 26 Setembro 1866
  • Nascimento: 1 Outubro 1813; Cortes, Abadia, Leiria; (Autos de Prima Tonsura e 4 graus de Ordens Menores (1833))
  • Baptism: 8 Outubro 1813; Cortes, Abadia, Leiria; (Autos de Prima Tonsura e 4 graus de Ordens Menores (1833))
  • Nota: Nasceu em Abadia, Cortes, distrito de Leiria por volta de 1816, filho de José Lopes Vieira. O seu filho Afonso Xavier Lopes Vieira também foi de deputado. Foi graduado em Alferes da 3ª Companhia do Regimento de Milícias, em 1831, sendo seu pai Capitão do Regimento (Arquivo Histórico Militar, 3D, 37 S, N 1, Cax 49).

    Matriculou-se na Universidade de Coimbra no 1.° ano jurídico em 1836, acabando o curso de Direito em 1841. Foi importante advogado no distrito de Leiria.

    Eleito deputado uma única vez para a legislatura de 1865-1868, por Porto de Mós, com juramento a 26.8.1865. Pertenceu às comissões de Estatística, Petições e Verificação de Poderes (3.a), sendo modesta a sua participação nos trabalhos parlamentares. Apresentou um requerimento subscrito por mais cinco deputados ao ministro do Reino, para que esclarecesse se ia apresentar providências legislativas sobre a cultura do arroz para obstar "aos estragos assoladores e sempre crescentes que tal cultura está fazendo na saúde pública de uma grande parte do País", assunto em que irá insistir. Participou na discussão do projecto de lei n.° 10 sobre a desamortização dos bens das corporações de mão morta e na do Orçamento Geral para o ano económico de 1866-1867. Requereu ao ministro das Obras Públicas todos os documentos referentes a todas as obras efectuadas no Tejo em 1863-1864 e pagamentos feitos aos responsáveis. Apresentou duas interpelações ao ministro das Obras Públicas, uma sobre a construção da estrada que devia ligar Porto de Mós a Alcobaça e outra indagando se iria apresentar medidas para a arborização dos vastos terrenos públicos e concelhios, no mais completo abandono, medida que teria o maior interesse económico. Propôs uma verba para que se construísse a ligação dos concelhos de Alcobaça, Porto de Mós, Batalha e Caldas da Rainha ao caminho-de-ferro do Norte, para dar escoamento à grande produção agrí-cola e industrial dessa zona do País. Veiculou uma representação de amanuenses da secretaria-geral da Marinha Grande, pedindo aumento de ordenado.
    Em Janeiro de 1866, o Dr. José Lopes Vieira da Fonseca encontrava-se doente, residindo então em Lisboa, na Rua de S. Bento, n.º 311 . O Dr. José Lopes Vieira da Fonseca viria a falecer a 26 de Setembro desse preciso ano, mas em Leiria, na sua casa da Rua da Água. Tinha "50 annos pouco mais ou menos" e foi sepultado no "mausoléu" do Dr. Roberto Charters, existente no Cemitério da Sé. Julgamos que este mausoléu terá sido erigido uns seis anos antes, isto é, logo após a morte da mulher do Dr. Roberto Charters.
    O seu falecimento foi comunicado à Câmara em 5.1.1867 e o seu lugar declarado vago a 9 do mesmo mês. Faleceu em Leiria a 26 de Setembro de 1866
  • Casamento: 19 Julho 1844; Cortes, Cortes, Leiria; ADLeiria, Casamentos, Leiria, Cortes,1815-1869 fl.25); Casado(a) com=Maria José Xavier Rodrigues Cordeiro
  • Nota: 25 Fevereiro 1846; era delegado da Comarca de Leiria (RGM, D. Maria II, liv 27, fl. 186v - 187) (ADLeiria, oficio de 4.1.1846, PT-ADLRA-CSAGLRA/9/12)
  • Nota: entre 1859 e 1966; Provedor da Santa Casa da Misericordia de Leiria
  • Falecimento: 26 Setembro 1866; Sé, Leiria, Leiria; (ADL, Leiria, Leiria, Sé, Obitos, liv 7, fl. 4v e Mistos, Liv 1866 fl 100v e 101
    ficou depositado no Jazigo do Dr Roberto Charters

Familia: Maria José Xavier Rodrigues Cordeiro n: 1826, f: 4 Jan 1885

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António Lopes Vieira Junior

f: 8 Julho 1889
  • Casamento: 1886; Casado(a) com=Ermelinda Cancela Gaio
  • Falecimento: 8 Julho 1889; (inventario orfanológico (ADLeiria, Tribunal de Leiria, mc 13, 2ª, 1ª )
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Adriano Sousa Tavares de Sampaio Lopes Vieira

n: 21 Julho 1906
  • Nota: Foi radioamador (sob o indicativo CT1CW) e que ajudou na criação e funcionamento da RARET, em finais dos anos 50 e princípios dos anos 60, com entusiasmo.
    Praticamente co-fundador (como técnico de som), com Fernando Pessa (como locutor), da então Emissora Nacional (hoje RDP), em meados dos anos 30.
    Em finais dos anos 40, fez um estágio profissional na BBC em Londres e, depois, foi director-técnico do Emissor de Ondas Curtas da então Emissora Nacional (sito na Rua São Marçal, em Lisboa), além de colaborar tecnicamente na RARET, ao longo dos anos 50 e 60.
  • Casamento: Casado(a) com=Maria Carolina Nunes
  • Nascimento: 21 Julho 1906; S. Pedro, Covilhã, Covilhã
  • Falecimento:
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Prof. Doutor Adriano Xavier Lopes Vieira

n: 14 Setembro 1846, f: 14 Janeiro 1910

  • Nota: Matrículas - Matemática e Filosofia, 12.10.1864; Medicina, 2.10.1868.
    Graus - Bacharel, 8.6.1872; Licenciado, 5.6.1875; Doutor, 9.1.1876.
    Cadeiras - S/indicação de cadeira (1877-1885), 4º substituto; Clínica Cirúrgica (1885-1888), lente; Patologia Cirúrgica (1885-1892), lente; Dermatologia (1888-1892), lente; Medicina Legal (1892-1909), lente; Clínica de Homens (1901), lente; Clínica Médica (1901-1902), lente. Cargos - Fiscal da Faculdade de Medicina (1877-1885); 1° Director da Biblioteca da Faculdade de Medicina (1890); Director do Gabinete de Higiene (1897-1901); Director da Morgue de Coimbra (desde 1902); Director do Gabinete de Análises Clínicas (1902-1903); Director de Clínica de Mulheres da Faculdade de Medicina.

    Publicações - Diversos artigos em "O Instituto" e algumas obras, entre as quais: Das moléstias específicas. Estudos de patologia... (Coimbra, 1875); Instruções preventivas do cólera morbus para uso das famílias (Coimbra, 1885); Aves da ilha de S. Tomé (Coimbra, 1887); Catálogo dos mamíferos de Portugal (Coimbra, 1896); Vademecum de Dermatologia (Coimbra, 1898); Catálogo dos peixes de Portugal em colecção no Museu de Zoologia da Universidade... (Coimbra, 1898); Manual de Medicina Legal (Coimbra, 1900-1903).

    Observações - Sobrinho do poeta António Xavier Rodrigues Cordeiro e também do antigo administrador do Dispensatório Farmacêutico Cândido Xavier Rodrigues Cordeiro. Antes de se doutorar, exerceu clínica em Leiria e em 1874 no Hospital de Santo António, no Porto. Sócio efectivo do instituto de Coimbra em 20.12.1876. Naturalista adjunto do Gabinete de Zoologia, Mineralogia e Conquiologia em 17.5.1879. Delegado ao Conselho Superior de Instrução Pública em 1887. Naturalista do Museu de Zoologia em 1902. Deputado às Cortes em duas legislaturas. Regeu em 1909 o curso livre de Moléstias Cutâneas e Sifilíticas. Conselheiro. Deve-se-lhe o estudo especializado da Dermatologia em Portugal, tendo feito previamente a observação deste ensino em vários países europeus em 1888. Em 1890 solícita ao governo um subsídio para a criação do Museu de Dermatologia.
  • Nota: Lista de livros que publicou (que se encontam na Biblioteca Nacional):
    -Relatorio e propostas apresentadas ao Conselho Superior de Instrucção Publica na sessão de 1887 pelo Delegado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra / [Adriano Xavier Lopes Vieira]. Coimbra : Impr. da Universidade, 1887.
    -Hygiene das familias / pelo Dr. A. X. Lopes Vieira. Lisboa : Livr. Antonio Maria Pereira, 1896.
    -Indicações praticas tendentes a facilitar o trabalho de aprender a formular, uteis aos estudantes de medicina e dos novos medicos / A. X. Lopes Vieira. [S.l. : s.n., 1860.
    -Lições de Hygiene publica / A. X. Lopes Vieira. [S.l. : s.n.], 1896.
    -Theses de Medicina theorica e pratica / Adriano Xavier Lopes Vieira. [S.l. : s.n.], 1875.
    -Instrucções preventivas da cholera-morbus... / Lopes Vieira. Coimbra : Impresa da Universidade, 1885.
    -Vade-Mecum de dermatologia / por A. X. Lopes Vieira. Coimbra : Imprensa da Universidade, 1898.
    -Médecine légale / XV Congrès International de Médecine. Lisbonne : Impr. Adolpho de Mendonça, 190 .
    -A Glorificação do trabalho pela hygiene / por A. X. Lopes Vieira. Coimbra : Imprensa da Universidade, 1897.

    - Acção ordinaria para annullação de contractos por vicio do consentimento / [advogado Affonso Xavier Lopes Vieira] ; reo José Duarte da Silva Mello. Lisboa : Typ. da Pap. Progresso, 1895.

    - Minuta do apelante Epifânio Augusto da Silva Dias / Afonso Lopes Vieira. Lisboa : Imp. da Off. Tipográfica, 1909.

    - Um erro judiciario supposto humicidio do brazileiro em Leiria... / Affonso Xavier Lopes Vieira. Lisboa : Typ. Christovão A. Rodrigues, 1886.

    - Nullidade da instituição de herdeiro do Visconde de Valmór : allegações juridicas na acção em que são auctores os irmãos e sobrinhos do testador / [Affonso Xavier Lopes Vieira]. Lisboa : Juizo da 6a Vara, 1902.

    - Revista crime no 12497 : relator visconde de Riba Tamega e recorrente Pedro Sebastião d'Almeida Soriano / Affonso Xavier Lopes Vieira. Lisboa : Typ. C. Grillo, 189 .

    - O testamento Valmór : nullidade da instituição do herdeiro : 2o accordão do Supremo Tribunal de Justiça : sustentação dos embargos pelas embargantes D. Maria Candida Guedes d'Almeida, suas irmãs e sobrinhos contra a Viscondessa de Valmór e outros : revista no 31:113 / [Affonso Xavier Lopes Vieira]. Lisboa : Typ. e Lit. A Vapor de M. A. Branco, 1905.

    - Notificação judicial apresentada ao Governo Portuguez sobre os Ilheus do Canto, nos Açores / Affonso Xavier Lopes Vieira. Lisboa : Papelaria Progresso, 1910.

    - Minuta dos appellantes : appellação no 3690 : appelantes Gaspar Jeronymo Oliveira e Joaquim Jeronymo Oliveira : appellado José Manoel Romão / Affonso Xavier Lopes Vieira. Lisboa : Typ. Augusto Vieira, 1893.

    - Minuta do recorrente / Afonso Xavier Lopes Vieira. Lisboa : Typ. Progresso, 1912.

    - Appellação no 3690 : appelante Gaspar Jeronymo Oliveira e Joaquin Jeronymo Oliveira : apelado José Manoel Romão / [advogado] Affonso Xavier Lopes Vieira. Lisboa : Typ. de Augusto Vieira, 1893.
  • Nascimento: 14 Setembro 1846; Cortes, Cortes, Leiria; (ADLeiria, Baptisados, Leiria, Cortes, fl 72v e 73)
  • Baptism: 27 Setembro 1846; Cortes, Cortes, Leiria; (ADLeiria, Baptisados, Leiria, Cortes, fl 72v)
  • Nota: 8 Junho 1872; Bacharlato (AUCoimbra, pasta de Lentes, cax nº 384)
  • Nota: 30 Julho 1873; Form. (AUCoimbra, pasta de Lentes, cax nº 384)
  • Nota: 5 Junho 1875; Licenciatura (AUCoimbra, pasta de Lentes, cax nº 384)
  • Nota: 9 Janeiro 1876; Doutoramento (AUCoimbra, pasta de Lentes, cax nº 384)
  • Casamento: 20 Abril 1876; Leiria, Leiria, Leiria; (ADLeiria, RP., Leiria, Leiria, casamentos 1871/83, fls 85 Vº); Casado(a) com=Ana Barbara Charters Henriques d'Azevedo
  • Nota: 14 Fevereiro 1877; Catedrático (AUCoimbra, pasta de Lentes, cax nº 384)
  • Nota: 20 Setembro 1877; Nomeado 4º lente substituto da Faculdade de Medecina de Coimbra(RGM de D. Luis I, liv 31, fl. 189)
  • Nota: 1905; referido no The Naturalist' Universal Directory Scientistes, 1905, part II, pag 164.
    Um passaro foi a ele dedicado (Nicholson 1906) o Coal-breasted Periparus ater vieirae cuja sub especie que ocorre em Portugal (North-West Iberia) é chamado Chapin-preto
  • Falecimento: 14 Janeiro 1910; Coimbra, Coimbra

Familia: Ana Barbara Charters Henriques d'Azevedo n: 16 Mai 1852, f: 8 Jun 1934

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Dr. Afonso Lopes Vieira , Poeta

n: 26 Janeiro 1878, f: 25 Janeiro 1946

  • Nota: Nascido em Leiria, tinha residência também nas Cortes, em S. Pedro de Moel e em Lisboa. Poeta virtuoso e de rara sensibilidade, deixou uma obra vastíssima que foi da Campanha Vicentina à edição monumental de "Os Lusíadas", de Camões. Converteu em português obras clássicas, foi pioneiro da fotografia e do cinema e escreveu inúmeros textos para serem musicados. A literatura para crianças foi sua preocupação, bem como algumas adaptações, reconstituições e traduções. Reeditou Rodrigues Lobo e foi redactor e fundador da revista literária "Lusitânia" de que tomou a direcção D. Carolina Michaelis de Vasconcelos. Deixou a sua vasta biblioteca (que incluía a do tio-avô, Rodrigues Cordeiro) à cidade de Leiria.

    Desde muito moço se familiarizou com os clássicos da valiosa livraria da casa do seu tio-avô, na bucólica aldeia das Cortes — que o rio Lis banha a uma légua de Leiria — intimidade esta que se manteve igualmente em Lisboa, na Biblioteca Publica, estudando, sob a vigilância do erudito professor Leite de Vasconcelos, «os textos das nossas ediçoes principes». Feitos os estudos primários e liceais nesta cidade, onde seus pais, em 1884, haviam fixado residência no Largo da Rosa, matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra, na qual, no dizer do próprio Poeta, continuou a ser «o mesmo aluno medíocre que ja fora no curso dos liceus» e se bacharelou no ano de 1900 (tendo-se matriculado em 1894). Aqui iniciou a sua actividade literária, publicando as obras em verso Para Quê? (1897) e Naufrago . Em Lisboa, depois de haver renunciado o cargo de subdelegado do procurador régio, para o qual fora nomeado em Julho de 1900, tentou junto de seu pai a carreira de advogado, profissão que abandonou após a sua primeira intervenção nos tribunais, para exercer, entre 1906 e 1916, o cargo de redactor da Câmara dos Deputados. A vasta sala da biblioteca do solar do Largo da Rosa era então «um dos últimos salões em que o espírito se recreava no próprio espírito», diz A. Cortez Pinto, e grande número de intelectuais e artistas «se acolhiam em espiritual convívio sob a inspiração constante da sua presença». Estes, e ainda outros, procuravam-no em S. Pedro de Moel, na sua «Casa-búzio», onde se ouviam o ramalhar do «Verde Pino» e ecos de melodias trazidas pela voz do mar. A vida de A. Lopes Vieira oscilou, como um pêndulo entre o seu solar de Lisboa e a Casa de Verão de S. Pedro. A sua cadência era apenas interrompida pelas viagens que fazia ao estrangeiro, das quais muitos dos seus livros guardam gratas memorias. Hipólito Raposo, Agostinho de Campos, Pequito Rebelo, Adelino Mendes (V.), Alfredo Gandara (V.), Lobo de Campos (V.) e tantos outros escritores e jornalistas falam-nos da influência exercida pela «Casa-búzio» na vida literária do Poeta. Em 1911, diz-nos A. Lopes Vieira na sua autobiografia, iniciou a «Campanha Vicentina». Gil Vicente voltou a subir a cena conduzido pela sua mão, aliciando para esta patriótica cruzada os mais prestigiosos comediantes e corajosos empresários lisboetas com o fim de repor no tablado dos teatros da capital, ou em espectáculos «ao ar livre», a maior parte das obras do fundador do teatro nacional. Camões e Garrett apaixonaram-no também. Seguindo a esteira deste ultimo, em breve se tornou o condutor do movimento de «reaportuguesamento» do Pais, procurando na Tradição a fonte inspiradora da literatura e das artes do seu tempo. Foi um verdadeiro esteta, «cujo espírito se abriu a todas as formas de Arte». Testemunham-no o ambiente artístico em que se moveu, o seu culto pela pintura, musica, gravura, escultura, cinema, e ate o cuidado posto na apresentação gráfica dos livros que escreveu ou editou. As numerosas conferencias que realizou; o respeito e admiração que evidenciou pelo folclore e arte nacionais; a patriótica obra que empreendeu com vista a restituir a língua portuguesa alguns escritos, «que eram nossos pelo espírito», tornaram-no bem digno do título de «Grão-mestre de Portugalidade». Nao se esquecendo das crianças para elas escreveu algumas das mais belas páginas da literatura infantil. Estas e muitos dos seus versos serviram de tema a inspiradas composições musicais. Faleceu em Lisboa a 25 de Janeiro de 1946. Algum tempo antes do seu passamento havia sido convidado pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra a reger um curso de Literatura Portuguesa, convite este que a doença que o vitimou o obrigou a declinar. Recusou sempre todas as homenagens que os seus admiradores e amigos, e ate as do aproprio Estado, pretenderam prestar a relevante obra de civismo por ele realizada. Deixou traduzido o seu amor as crianças e a terra que Ihe serviu de berço, dispondo em testamento que, por morte sua, se fizesse da «Casar-búzio» um sanatório marítimo para os filhos dos operários vidreiros da Marinha Grande e da valiosa biblioteca que possuía fosse Leiria fiel depositaria. A Câmara Municipal preiteou esta alta figura das letras portuguesas, dando o seu nome a uma das ruas da cidade, e a vila da Marinha Grande homenageou-o também, colocando o busto do Poeta a beira do «Pinhal do Rei», voltado para o mar, perto da casa onde escreveu alguns dos seus mais inspirados versos. Difícil se torna, dada a vastidão da obra de A. Lopes Vieira, enumerar todos os escritos saídos da sua pena. Muitos deles acham-se disperses por grande número de jornais e revistas, sob a forma de artigos, cartas e entrevistas. O opúsculo Afonso Lopes Vieira, Trovador d'el Rei, de Pedro da Veiga, e muito particularmente o catalogo da Exposição Bibliográfica de Afonso Lopes Vieira, paciente e amorosamente organizado por um dos seus mais dedicados amigos, o Eng.º Júlio Eduardo dos Santos, dão-nos ja preciosas informações sobre o labor literário do Poeta.1
  • Nascimento: 26 Janeiro 1878; casa na Rua antiga da Graça (hoje João de Deus), Leiria, Leiria, Leiria
  • Baptismo: 11 Março 1878; Foi padrinho de baptismo realizado em Leiria, o tio paterno Dr Adriano Xavier, lente de Medicina da Universidade de Coimbra, casado com Ana Bárbara Charters Henriques de Azevedo e NS do Monte
  • Baptism: 11 Março 1878; Leiria, Leiria, Leiria; Foi seu padrinho o Eng Roberto Charters d'Azevedo
  • Nota: 21 Junho 1890; Noticiado no Distrito de Leiria desta data que a "Esquerda Dinástica" noticiou que foi nomeado redactor da Câmara dos Deputados e substituiu o Dr. António Xavier Rodrigues Cordeiro que se reformou. Pelo seu talento lúcido e culto, pelas suas primorosas qualidades de cavaleiro, pelo seu pundonoroso carácter e pela solicitude com que sempre se desempenhou dos seus encargos, o Dr. Afonso Lopes Vieira honra o lugar, em que substitui o seu ilustre tio, o laureado poeta Rodrigues Cordeiro. Felicitamos o Sr. Lopes Vieira, e ele bem sabe com que afectuosíssimo jubilo o felicita quem de há largos anos e fervoroso admirador da sua robusta inteligência e das suas altas qualidades"
  • Nota: 8 Junho 1898; Exame do 3º ano "Simpliciter" (acts. 37, fl 31)
  • Nota: 3 Junho 1899; Univ. de Coimbra, Coimbra, Coimbra; Efectuou o exame do 4º ano (Acts. 40, fl. 26v)
  • Nota: 5 Junho 1900; Univ. de Coimbra, Coimbra, Coimbra; formado em Direito (acts. 40, fl. 158)
  • Casamento: 20 Abril 1902; Igreja Paroquial de S. Lourenço, S. Lourenço, Lisboa, Lisboa; Casamento entre o bacharel Afonso Lopes Vieira e Maria Helena de Aboim, ele de 24 anos morador na freguesia de S. Lourenço de Lisboa, na rua Costa do Castelo, nº 37,[filh ... e d ... ] ela de 19 anos, natural de baptizada na freguesia de Santa Maria Madalena, e moradora na rua de Santa Isabel, em Lisboa, filha de Teodomiro Flávio Leça da Veiga, proprietário, natural de baptizado na freguesia de S. João da Praça de Lisboa e de Maria da Luz Moreira Freire correia Manuel Torres da Aboim, domestica, natural e baptisada na freguesia de S. Lourenço. A nubento foi devidamente emancipada por alvará do Juiz de Direito da 2ª vara da Comarca de Lisboa, de 30 de Agosto de 1901, sendo sua residencia actual na travessa do Patrocínio é Estrela, nº 1. Foram testemunhas o Doutor Afonso Xavier Lopes Vieira, pai do nubente, morador nesta freguesia na Costa do Castelo, nº 37 e Cândido Xavier Cordeiro, engenheiro, solteiro e morador na freguesia de Santa Engrácia de Lisboa, na rua de Santa Apolónia, nº 73, e Maria da Luz Moreira Freire Correia Manuel Torres d'Aboim, mãe da nubente, viúva moradora na freguesia de S. Lourenço na rua do Arco do Marquês do Alegrete, nº 36 (ADLisboa, casamentos, Lisboa, S. Lourenço, Liv. 1902, fl.7 e 7v); Casado(a) com=Maria Helena da Veiga Manuel de Aboim
  • Nota: 26 Abril 1902; No " O Distrito de Leiria" desta data, pag. 2, col 4 " Casou-se em Lisboa e acha-se já em S. Pedro de Muel, o conhecido poeta sr dr Afonso Lopes Vieira, filho da sr D Mariana de Azevedo Lopes Vieira e do nosso distinto patrício e ilustre deputado o sr dr Afonso Xavier Lopes Vieira. A nova é a sr D Helena de Aboim, uma senhora formosíssima e de raras qualidade de coração. Os talentos do noivo, a superioridade do seu espírito e os dotes da sua alma, fazem certamente deste enlace, que é todo de amor, uma inesgotável fonte de venturas. Assim lho desejamos."
  • Nota: 14 Fevereiro 1920; foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico
  • Nota: 12 Agosto 1929; O poema do Ave de Fátima foi escrito por Afonso Lopes Vieira para a festa de inauguração (12.8.1929) da capela que mandou fazer na sua casa de S. Pedro de Moel.
    Foi depois adaptado para a Cova da Iria. Está assinado simplesmente por “um servita” pois ele foi um dos primeiros “servitas de Fátima”.
    A música era de um amigo dele, o Francisco de Lacerda. O manuscrito original do poema foi oferecido ao Museu de Fátima cerca de 1988 ou 1990 por uma das herdeiras do poeta e da viúva dele (Helena Aboim), a Maria da Luz de Aboim Wasa de Andrade, que antes tirou algumas fotocópias para dar a pessoas amigas.
  • Falecimento: 25 Janeiro 1946; Casa no Largo da Rosa 25, 1º, Lisboa, Lisboa

Citações

  1. Agostinho Tinoco Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria, Ed da Assembleia Distrital de Leiria, Leiria, (1979).
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Afonso Sousa Tavares de Sampaio Lopes Vieira

n: 23 Maio 1910
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Dr. Afonso Xavier Lopes Vieira

n: 1 Dezembro 1849, f: 28 Dezembro 1932

  • Nascimento: 1 Dezembro 1849; Cortes, Cortes, Leiria; (ADLeiria, Baptismos, Leiria, Cortes, fl.96v)
  • Baptism: 15 Dezembro 1849; Cortes, Cortes, Leiria; (ADLeiria, Baptismos, Leiria, Cortes, fl.96v)
  • Nota: 25 Maio 1874; Univ. de Coimbra, Coimbra, Coimbra; Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra com distinção "accessit" (act. 26. fl. 184).
    Fez o exame do 3º ano a 27.5.1872 com distinção e acessit (acts 25, fl. 56). e os exames do 4º ano e Bac a 15.7.1873 (act. 26, fl. 97v). Niciou os seus estudos na Univ de Coimbra em 1869.
  • Casamento: 25 Novembro 1875; Cortes, Cortes, Leiria; (ADLeiria, RP, Leiria, Leiria Livro de Casamentos, 1871-1883, fl 56Vº); Casado(a) com=Mariana Lopes de Azevedo
  • Falecimento: 28 Dezembro 1932; Cortes, Cortes, Leiria; Nota a margem do registo de baptismo

Familia: Mariana Lopes de Azevedo n: 1 Ago 1847, f: 23 Nov 1926

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Afonso Xavier Cordeiro Lopes Vieira

n: 25 Fevereiro 1952
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Alexandre Sousa Tavares de Sampaio Lopes Vieira

n: 27 Julho 1913
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Ana Bárbara Sousa Tavares de Sampaio Lopes Vieira

n: 25 Maio 1909, f: 22 Agosto 2004

Familia: Dr. Luis Bastos Saluce de Sampaio n: 26 Abr 1901, f: 28 Fev 1963

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